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#1 - Psicopata Americano (2000) - Mary Harron

  • T. Tavares.
  • 10 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

Psicopata Americano ou American Psycho é um filme norte-americano dirigido por Mary Harron, baseado no livro homônimo de Bret Easton Ellis. É conhecido, além de pela brilhante atuação de Christian Bale, por ser um filme bastante polêmico, para a época, pelas “cenas de violência, sexo e drogas”, sofrendo boicotes de artistas, marcas e público.


O filme conta a história de Patrick Bateman, empresário da Wall Street. Jovem e bonito, aos 27 anos herda os negócios da família. Patrick é o exemplo do “homem bem sucedido” idealizado na geração Y.


O longa dá ênfase aos detalhes do cotidiano Classe A de Patrick Bateman, tais como o culto ao corpo evidenciado no ritual matinal de exercícios físicos, na overdose de produtos de beleza e cosméticos usados diariamente, e o culto ao materialismo e ao consumismo, quando ele se encontra inserido num contexto sócio-profissional onde se mede a qualificação de alguém pela grife que ele usa, pelos restaurantes que ele frequenta e até mesmo pelo design do seu cartão de visita.


Patrick Bateman é a personificação do que conhecemos por “filhinho-de-papai”, que acaba agindo de maneira um tanto cruel quando se sente ameaçado em qualquer situação, no mínimo, fútil. Associado a isso, podemos acrescentar que o personagem representa também a personificação de uma sociedade misógina, uma vez que a maioria das suas vítimas são prostitutas e antigas amigas. Indo além, é exposta através do personagem a hipocrisia da alta sociedade, que se utiliza de discursos prontos sobre igualdade e justiça social, quando suas ações estão completamente voltadas para individualismo e consumismo exacerbado, numa sociedade cada vez mais decadente de humanidade.


[ALERTA DE SUPER SOIPLER] – O final do filme deixa o telespectador confuso: Patrick cometeu ou não os assassinatos? Independente da resposta, é possível que este estilo de vida tenha sido o principal motivo de sua paranoia.


No mais, quando no início eu deixei entre aspas que as sangrentas cenas de violência, uso de drogas e sexo foram os motivos das polêmicas que envolveram tanto o trabalho de Bret Easton quanto o do Mary Harron, é porque para mim, isso foi só uma desculpa para mascarar o real desconforto da mídia: num mundo de aparências, o psicopata americano pode ser qualquer pessoa do nosso ciclo social, inclusive os bacanas da alta sociedade.

REFERÊNCIAS

HARRON, Mary. American Psycho. [Filme-vídeo]. Produção de Edward R. Pressman, direção de Mary Harron. USA, Lionsgate, 2000. 102min. Color.

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